Moradia

Casa ou apartamento? Em Pelotas, apenas 25% moram em 'apê'

Dados do Censo 2022, do IBGE, apontam as casas como maioria das moradias pelotenses

Foto: Jô Folha - DP - Apesar de serem muitos em Pelotas, apartamentos ainda são minoria entre os domicílios ocupados

O que você prefere: morar em uma casa ou em um apartamento? Muitas questões como o número de moradores, valor dos imóveis, características dos bairros e também dos empreendimentos podem afetar essa resposta. Apesar do crescimento vertical visível de Pelotas, para os pelotenses, segundo os dados do Censo 2022, do IBGE, os apartamentos ainda são minoria entre os domicílios ocupados.

Ao todo, cerca de 70% dos domicílios ocupados são casas e cerca de 25% são apartamentos. Os demais 5% se dividem entre outras possibilidades, como estrutura inacabada. O corretor e vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), Raphael Morales, explica um pouco desse cenário, onde muitos se questionam se há demanda para tantos empreendimentos na cidade. "Existe uma certa preferência das pessoas por residir em casa, mas também temos outra questão. O volume de lançamentos, principalmente de linha popular, como Minha Casa Minha Vida, nunca consegue superar a demanda. As construtoras, quase em sua totalidade, chegam no final da obra sempre com empreendimentos 100% vendidos. Tem uma demanda muito grande nesse perfil", comenta.

Morales complementa, ainda, que existem mais casas do que apartamentos no Município. "Se for ver, o percentual de casas é maior do que de apartamentos na cidade. Por mais que nos pareça ter um volume muito grande de lançamentos e edifícios, essa questão é bem representativa. O número de casas ainda é superior ao número de apartamentos", observa. A escolha por viver em apartamentos atualmente, para Morales, passa por critérios como localização, preço e infraestrutura condominial.

Perfil dos consumidores

Nesse cenário, também vale uma análise acerca do perfil das pessoas que buscam viver em casas ou em apartamentos, conforme observa o corretor de imóveis Arthur Costa. "Em primeiro lugar, vejo que comparado a algumas décadas atrás, diminuiu o número de moradores por casa diminuiu e isso acaba se refletindo na demanda por esses empreendimentos", observa. Imóveis com dois ou três dormitórios, na faixa de 60 metros quadrados, por exemplo, são muito buscados por casais sem filhos ou com apenas um filho.

Já sobre a preferência maior por casas no Município, Costa avalia que a pandemia teve alguns impactos nesse sentido. "O pessoal ficou muito tempo em casa e passou a valorizar mais onde mora. Passamos a ver um número grande de reformas em casas e, também, de pessoas que moravam em apartamentos buscando casas", opina. Para ele, os empreendimentos lançados atualmente não suprem apenas uma demanda por moradia, mas também por investimento. "Estamos numa cidade universitária, então a compra para revender ou alugar posteriormente também tem bastante mercado também", diz.

Ele admite que, a longo prazo, isso pode causar uma maior desocupação no Município. "O que sobra é o que está defasado mas, claro, isso pode criar, a médio e longo prazo, mais desocupação no centro, de imóveis mais antigos e condomínios que não oferecem tanta infraestrutura", avalia.

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